SAIDEIRA

Depois da avalanche de comentários recebidos por causa dos posts sobre Britney Spears (e olha que o assunto era a tal lista da Billboard), a caravana segue adiante. Agradeços àqueles que discutiram de forma sensata e educada e expuseram suas idéias. Não é preciso que ambos os lados se entendam, mas é necessário que argumentos sejam bem colocados. Muitos que escreveram aqui discordando do que eu falei eu agradeço sinceramente por terem dispensado um tempo pra comentar, e estes, mesmo não concordando comigo total ou parcialmente, são dignos do meu respeito. Aos xiitas que só fazem xingar e espernear, não se preocupem, a adolescência passa logo.
E finalmente, os anônimos e pseudônimos que vieram aqui e comentaram infelizmente não têm cara suficiente pra aparecer, incluindo aí alguém que por trás do anonimato é um amigo(a) ou conhecido(a) meu que aproveitou e falou o que realmente pensa de mim, mas que de outra forma, de cara limpa, não diria. Para este especialmente eu sinto muito, tomara que seja honesto suficiente pra se anunciar (mas eu duvido).
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Bruno, eu assisti os vídeos que você me mandou. Britney Spears poderia, se quisesse, cantar ao vivo, entre outras coisas. Mas volto a bater na mesma tecla: a questão central é o fato dela não me parecer ser dona de uma identidade própria. Ela poderia, como muitos, surgir embalada e pronta pra consumo, e daí partir pra algo mais verdadeiro, plausível. Os anos estão se passando e a onda dela talvez não seja a mesma, dentro da indústria é necessário mais do que ela tem feito até agora e o público consumidor de Britney Spears, como todo mundo, está crescendo. A continuar fazendo mais do mesmo pode não sobreviver a toda esa máquina da qual ela é dependente. Popstars surgem todos os anos e arrebanham novos consumidores; a fragilidade dela está escancarada e não me refiro apenas na vida pessoal. O mérito de ter um timbre vocal facilmente reconhecível é positivo só que ela não aproveita esse gancho. O dinheiro e a estrutura que ela tem à disposição poderia ser utilizado num amadurecimento artístico, e isso não quer dizer em ser melhor ou pior vendedora de discos, mas sim em ser algo palpável e ter credibilidade, do contrário vai ficar pra trás e seus videoclipes serão uma lembrança de um fenômeno passageiro. Só depende dela.