segunda-feira, 16 de abril de 2007

Apenas um adendo ao post anterior (De Dentro pra Fora), esta matéria mostra como a questão do transexualismo deveria ser tratada com mais naturalidade.
Segue abaixo um trecho de matéria publicada na Folha de S. Paulo de hoje:

Sueco de 73 anos fará operação para mudar de sexo

"As crianças, eu perdôo. Mas os adultos, nunca. Não se deve ridicularizar, nem humilhar uma pessoa. Não se deve ferir sentimentos. Porque nunca se sabe o que está por trás, o que leva uma pessoa a ser ou agir de uma determinada forma", disse Loise.

Ela conta que tinha três anos de idade quando percebeu que se sentia, na verdade, uma mulher. "Eu queria me livrar dos meus órgãos masculinos, mas minha mãe me impediu", disse.
Durante toda a infância, preferiu as roupas das irmãs. Chegava a ir à escola vestida como uma menina e jogou as calças compridas em um lago perto de casa.
Na idade adulta, Loise tentou viver uma vida "normal" como homem. Chegou até a se casar --mas o casamento durou pouco.

"Não consegui, não dava certo. Não era eu".

Durante todos esses anos, Loise sempre se vestiu e se maquiou como uma mulher. Seu armário é repleto de roupas femininas e de caixas de jóias e bijuterias.
Loise atualmente toca órgão e piano durante os cultos religiosos de uma igreja protestante no sul de Gotemburgo, onde vive. Vestida de mulher. O sueco passou dois anos em observação por médicos e psicólogos para poder obter autorização na cirurgia.

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